segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Enquanto ainda há tempo

Certamente que os segundos estão deslizando por meus dedos

Já não os consigo prender mais.

As vielas me conduzem por entre as sombras.

As janelas empoeiradas e sujas escondem o cenário daquilo que em outros dias fazia perfeito sentido.

Pelas pedras mal colocadas na rua eu vou seguindo, buscando o caminho perdido.

Volta. Vem. Enquanto ainda há tempo.

Eu te espero. Eu estarei aqui.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Alquimista de Palavras


De todos os provérbios,
Destacam-se os proferidos por tua boca.
Ao som de tua doce voz.
Melodiosa, simples e suave.
Aos meus ouvidos direcionou.
Certeira emplacou cada fonema.
Dialeticamente faz prosa.
Saltitando entre os vocábulos.
Encanta. Faz magia.
Alquimista de palavras.
Borrando de cores, deixa fluir.
Expectativa pelos próximos versos,
Eu te aguardo, sempre, minha.
Espero na janela do meu quarto.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Cinzas

Faz um tempinho que não atualizo o Verdades ou Consequências. Queria ter escrito algo sobre o Carnaval, mas devido ao Carnaval (rsrs) não foi possível. Estamos com a xícara de café ao lado do computador. Espero que saia algo bom.
Os dias de folia terminaram na madrugada de hoje para grande parte do país. Em alguns lugares as comemorações ainda seguem por alguns dias, mas logo chegam ao seu fim. O ano começa hoje.
Estamos no final da quarta-feira de Cinzas. Não consideramos feriado no Brasil, porém é um dia muito importante para os Cristãos Católicos. Não vou entrar no mérito do que o Catolicismo prega, por que prega e para quem, mas no significado do que acreditam.
Dão grande destaque a uma frase bíblica: “[...] porque és pó, e pó te hás de tornar.(Gênesis 3, 19). Neste sentido, querem demonstrar que do pó viemos e ao pó voltaremos, sendo que somos seres finitos e o destino de todos é a morte, virar pó.
         Se fomos ou não feitos do barro como relata a Bíblia, não posso dizer. Cada um têm suas crenças. Mas de fato nos tornaremos pó. É nossa sina. Todos estamos destinados à morte. O que mais me impressiona é que algumas pessoas ainda não tem consciência disso, pensando que serão eternos, que sua morte nunca chegará. Outros ainda se consideram superiores às demais pessoas. Dinheiro não pode burlar a esta senhora que nos acolhe no fim de nossas vidas.
            Afinal, perante a morte somos todos iguais. E ela chega para todos. É só isso.


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Inventa-te


Seja único.
Be single.
Es único.
È unico.
Ist einzigartig.
είναι μοναδική.
Benzersiz.
Nem que seja em outro idioma.
Seja único. Conquiste e envolva.
Fidelize.
Personalize.
Desfoque as pessoas.
Nem que seja com uma cantada infame.
Surpreenda você mesmo.
Permita-se.
Experiencie.
Escreva.
Relate tudo.
Cada ínfimo detalhe.
Cada gesto e curva.
Cada sensação.
Ouse tentar.
Não se reprima pelo pensamento e ideias alheios.
Para que há de se preocupar e considerar insignificâncias?
Relaciona.
Constroi.
Faz valer o que sente na sua intimidade.
Exibe ao mundo.
Todos precisam conhecer. 
Seja único. 
Inventa-te.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sensações


Estranham-me as sensações que por debaixo da antiga mesa de madeira da cozinha se escondem. É sempre a mesma nota a se repetir, tentando convencer a moça de negros olhos, que está tomando o café da tarde, que deve deixá-lo partir, seguindo pelos cafezais que estão vermelhos de sabor.
         Foge pela porta dos fundos e se esconde entre as roupas recém lavadas que estão a secar nos varais. O vento leva sua cor pra frente, seguindo pela estrada de chão até a próxima passagem, recortada por outros traços, por diferentes formas, ainda que toscas.
            Desce pela ladeira e vai encontrar o que é teu por direito.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vou transformar em poesia


Como definir, como destacar cada coisa?
Será que consigo através de palavras?
As atitudes de outrora, já não me bastam mais.
Eu preciso de mais. Eu quero mais.
Vivemos o hoje.
Nossas memórias são sim eternizadas nos sentimentos de cada um.
Mesmo após nossa partida deste mundo,
Ainda há aqueles que lembram do que fizemos em vida.
Mas, somos esquecidos? De fato, não.
Sim seremos lembrados.
E como eternizar uma memória, um sentimento?
Transforme em poesia.
O papel pode absorver o que você quer expressar e guardar para o futuro.
Tantos outros poderão ler e sentir.
Agora, se me dão licença, eu vou ali transformar mais um sentimento em poesia.

terça-feira, 12 de junho de 2012

12 de Junho

 
Fez um ano. Não, não estou comemorando o Dia dos Namorados.
Há um ano atrás, mais precisamente em um ponto turístico da cidade, eu e mais três pessoas entramos em um desafio, (não posso dizer que foi um jogo, porque foi muito mais do que uma inocente brincadeira) Verdade ou Consequência, como tantas vezes já descrevi, relatei, vivi (daí o nome do blog).
Era uma noite de inverno, fria, mas não chegava a ser o que eu chamo de frio cortante. Havia uma leve neblina. Após uns dois ou três cafés, muita conversa jogada fora... Enfim, jogamos e nos surpreendemos.
Obrigado à vocês três: A. R., J. V. e P. E.

A ideia de criar este blog surgiu após este dia marcante. Muitos foram os meus escritos... Muitos foram os novos momentos vividos... Alguns comentários... Muitos acessos... Só tenho a agradecer a todos os que me incentivaram de alguma maneira e a todos os que leem o que eu escrevo.
Lembro-me da primeira postagem que escrevi: “Retorno ao mundo dos blogueiros, talvez por muito tempo ou quem sabe por algumas poucas postagens ou palavras, todas escritas de coração, de forma simples, pura e verdadeira.”, e realmente foi assim, só que por mais tempo do que eu realmente esperava e, ainda espero, que seja por muito, muito tempo.
Depois disso, muita coisa aconteceu... Tantas linhas escritas...
Escrever era algo que eu fazia esporadicamente. A arte da escrita passou a fazer parte do meu dia a dia, da minha vida. Conheci outro ângulo do maravilhoso mundo das palavras...
Esta aí... Verdades ou Consequências – Um ano.

12 de junho de 2012, 21:48hs – O calor de minha casa me aconchega.
12 de junho de 2011, 21:48hs – As verdades terminaram de ser ditas no frio que nos envolvia. As consequências apenas haviam começado.

Dia dos Namorados


Dia dos Namorados. Valentine’s Day. Día de San Valetín.
No Brasil, comemorado em 12 de junho, por ser véspera do dia de Santo Antônio, o Santo Casamenteiro. Nos Estados Unidos no dia de São Valentim, 14 de Fevereiro.
Entro no Facebook às 11 da manhã e começo a olhar algumas postagens e vejo belas declarações de amor dos casais enamorados e uma saraivada de lamentações, bombardeando o Dia dos Namorados, da parte dos solteiros. Peraí. Peraí. Porque tudo isso? Por que tanta lamúria sobre esta data por parte de quem está solteiro?
No dia das mães não vemos isso das mulheres que não são mães, da mesma maneira dos homens que não são pais no dia dos pais.
É uma data de muito romantismo, de declarações e mais um dia especial para estar ao lado da pessoa que se ama.
Namorado(a)?
Feliz de quem tem. Feliz também quem não tem, já que está aí a oportunidade de procurar alguém, encontrar a metade da laranja, como popularmente se diz e viver momentos inesquecíveis ao lado do amor e, no próximo Dia dos Namorados, ter alguém para quem se declarar.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

+ : )



          Publicação de dois textos meus, na Primeira edição da Revista + : ) (Mais Feliz). O primeiro deles, é A Arte de Estudar, especialmente para a revista; O segundo é já havia saído aqui no blog ;)

sábado, 26 de maio de 2012

Gotas ao Tempo


            Escrevi ao longo das eras, dei formas e cores aos telados brancos e virgens. Com o grafite suave dei acabamento às toscas formas. Compus o som que embalou a minha viagem. O sopro do vento se encarregou de cantar no primeiro momento, até quando a água e a luz passaram a acompanhá-lo. A música era ouvida por entre os vales, cobertos de verde esmeralda.
            Gotas de sangue escorreram pelo tecido, impregnaram as fibras trançadas na paisagem, e pode-se ouvir batidas suaves. Eu acho que era o som de um coração batendo. Derramei gotas, doei parte da minha vida, o calor aqueceu a terra. A felicidade ia na frente abrindo passagem, o amor vinha afagando os novos caminhos. Era novo. Era diferente. Era o meu lugar.